Hoje, o ICMBio contabiliza 75 Parques Nacionais espalhados pelo país. Os 10 mais visitados podem ser conferidos nesta matéria, com o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, na liderança. Porém, existem áreas que não possuem monitoramento de visitação e, portanto, não contabilizam visitantes.
Vale lembrar que nem todos os parques estão abertos ao grande público em decorrência da fragilidade do ecossistema ou pela falta de uma estrutura que organize as atividades turísticas. Certas Unidades da Conservação exigem até autorização para serem adentrados.
O Parque Nacional da Serra do Teixeira, o primeiro parque nacional situado na Paraíba, abrange 12 municípios do sertão do estado. Foi criado em 2023 com o objetivo de preservar a biodiversidade e promover o turismo ecológico.
Com 61 mil hectares, o bioma é composto principalmente pela Caatinga. O parque também é casa da mata serrana e de nascentes de rios, sendo possível realizar observação de aves endêmicas e raras, fazer trilhas e encontrar animais silvestres. O Pico do Jabre, o ponto mais alto da Paraíba, com 1.208 metros de altitude, é uma das principais atrações.
Em 2023, o ICMBio e a Universidade Estadual da Paraíba descobriram 21 novas cavidades naturais subterrâneas e graníticas no parque nacional. Desse número, 14 eram cavernas e sete eram abrigos (formações rochosas naturais que oferecem algum tipo de cobertura).
Parque Nacional Serra do Teixeira: Rodovia BR 230 km 10 s/nº, Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo — Bairro Amazônia Park, João Pessoa-PB / Tel.: (83) 99382-4227 (WhatsApp).
Ver essa foto no Instagram
Fundado em 2010, o Parque Nacional do Alto Cariri tem 19,2 mil hectares e é principalmente composto pela Mata Atlântica em municípios como Monte Alegre e Guaratinga, na Bahia.
O parque abriga nascentes de rios, que abastecem mais de 150 mil pessoas, trilhas, cachoeiras, florestas, paisagens montanhosas, além de animais silvestres e aves. A visita é gratuita, mas é necessário entrar em contato com condutores credenciados.
Segundo o Plano de Manejo do parque, apesar da grande vocação para o ecoturismo e turismo de aventura, o local não possui infraestrutura de apoio à visitação, que acaba por ocorrer de maneira informal e restrita, sem retorno direto para o parque.
Parque Nacional do Alto Cariri: Rua Raul Batista, 175, Povoado de Monte Alegre, Guaratinga-BA (sede de apoio) / Tel.: (83) 99140-3040.
O Parque Nacional do Araguaia tem mais de 555 mil hectares de terra e se localiza, principalmente, no estado do Tocantins. Inaugurado em 1959, o local é cercado pelos rios Araguaia e Javaés na Ilha do Bananal — a maior ilha fluvial do mundo.
A vegetação é composta pelos biomas da Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. A fauna também é diversificada, com onça-pintada, tamanduá-bandeira, boto e mais de 660 espécies de aves, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Uma das atividades do parque é a pesca esportiva, organizada pela tribo Javaé. É possível organizar uma visita junto à Pousada de Pesca Javaé Camp. A entrada geral do parque não está regulamentada, segundo informações do ICMBio.
Parque Nacional do Araguaia: Avenida Tancredo Neves, número 4994, Setor Primavera, Pium - TO/ Tel.: (62) 99110-6891 ou (62) 99110-7991.
Criado em 2018, o Parque Nacional do Boqueirão da Onça tem 346,5 mil hectares espalhados entre os municípios de Sento Sé, Campo Formoso, Sobradinho e Juazeiro, na Bahia.
Com paisagens diversas e linhagens de plantas únicas, a vegetação predominante na área é a Caatinga. Os animais mais comuns são a onça-pintada, arara-azul-de-lear e o tatu-bola. O local ainda abriga mais de 230 espécies de aves identificadas.
O parque tem cavernas, como a Toca da Boa Vista, considerada a maior caverna brasileira em extensão, com 97,3 quilômetros, interligada com a Toca da Barriguda.
Parque Nacional do Boqueirão da Onça: Rodovia BA 210 (Estrada Juazeiro-Sobradinho, s/n/ km 0, Distrito Industrial São Francisco (DISF), Juazeiro-BA.
Ver essa foto no Instagram
O Parque Nacional do Cabo Orange tem cerca de 657,3 mil hectares no Amapá, estado em que cerca de 65% da área é protegida por Unidades de Conservação. O parque foi criado em 1980 com objetivo de preservar a fauna e a flora local, como o manguezal e os campos de planície do Amapá.
Com bioma Marinho Costeiro, é possível encontrar espécies como tartaruga, peixe-boi, gato-do-mato, cuxiú-preto, tamanduá-bandeira, onça-pintada, tatu-canastra e mais. O parque tem difícil o, com muitos caminhos fluviais, e a visita deve ser coordenada em contato direto com o ICMBio.
Parque Nacional do Cabo Orange: Margem Direita do baixo curso do Rio Oiapoque, S/N - Bairro do Russo (Estrada sentido Clevelândia do Norte, final do Ramal do Edy) - Oiapoque-AP.
Criado em 2006, o Parque Nacional do Jamanxim tem 862 mil hectares, abrangendo principalmente o município de Itaituba, no Pará, como forma de preservação de área da Amazônia.
O parque leva o nome do rio Jamanxim, localizado ao sudoeste da unidade, e também de um utensílio dos indígenas feito com cipó para carregar objetos nas costas. A fauna da Unidade de Conservação é composta por animais como onça-pintada e ariranha, que estão ameaçadas de extinção. A predominância da flora é da Floresta Ombrófila Aberta.
O ICMBio, responsável pela preservação da Unidade de Conservação, informou ao CNN Viagem & Gastronomia que o o ao parque não está regulamentado.
Parque Nacional do Jamanxim: Avenida Marechal Rondon, 996, - Bairro Aeroporto Velho - Itaituba-PA / Tel.: (93) 3518-3481.
Criado em 2006, as características do Parque Nacional do Rio Novo são parecidas com as do Jamanxim. Também abrange parte do município de Itaituba, no Pará, e tem o objetivo de preservar 538,1 mil hectares da Amazônia.
O tipo de flora, no entanto, é diferente: a Floresta Ombrófila Densa é predominante, tendo espécies de árvores como a seringueira, castanheira e samaúma. O local é aberto a visitação com autorização especial do ICMBio.
Parque Nacional do Rio Novo: Avenida Marechal Rondon, 996, - Bairro Aeroporto Velho - Itaituba-PA / Contatos: [email protected] e [email protected].
Criado em 2017, o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos tem cerca de 79 mil hectares entre as cidades de Canaã dos Carajás e Parauapebas, no Pará. Além da floresta, também há cavernas, grutas e ambientes aquáticos.
Um dos objetivos do parque é proteger a vegetação de canga ou campos rupestres ferruginosos, segundo o site da Unidades de Conservação no Brasil. O órgão ainda afirma que esse tipo de flora é um ecossistema raro e associado aos afloramentos rochosos ricos em ferro.
O parque não conta com monitoramento de visitação, ou seja, não há dados sobre número, perfil ou áreas mais visitadas do local. O Plano de Manejo, porém, cita que há visitação a lazer e com perfil de ecoturismo nas Cachoeiras Águas Claras e a Cachoeira do Goiano.
Parque Nacional dos Campos Ferruginosos: Rua J, 202, Bairro União, Paraupebas - PA (sede).
Com 49,2 mil hectares, o Parque Nacional de Guaricana fica na Serra do Mar do Paraná, entre os municípios de São José dos Pinhais, Guaratuba e Morretes, com o bioma da Mata Atlântica. Criado em 2014, o objetivo do parque é conservar a área restante da Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista. Também busca-se preservar a fauna, os recursos hídricos e geológicos e as paisagens naturais da região.
O parque não possui visitação estruturada pelo ICMBio, segundo a organização da Unidade. "Dessa forma não possui centro de recepção de visitantes, estacionamento ou outras estruturas gerenciadas pelo ICMBio para atendimento ao visitante", afirmou a organização ao CNN Viagem & Gastronomia.
Ainda assim, as visitas não são proibidas e ocorrem de forma particular. "Para esse tipo de visitação, solicitamos observar os cuidados inerentes à visitação de uma área natural protegida".
Parque Nacional de Guaricana: Rua Carlos Pioli, 133 - Bom Retiro, Curitiba - PR (sede de apoio) / Tel.: (48) 98811-4481.
O Parque Nacional Serra da Cutia fica quase na fronteira com a Bolívia, no município de Guajará-Mirim, em Rondônia. Com 283,6 mil hectares, a área é crucial para a consolidação do Corredor Ecológico Brasil-Bolívia, constituído por uma barreira de desmatamento entre os dois países.
A vegetação é reconhecida como Floresta Ombrófila aberta de terras baixas e Submontana, além de ter regiões com Cerrado. Por ali, há uma grande diversidade de primatas e aves, como araras e jacus. Na região, também é possível encontrar antas, veados e pacas. Para visitação, é necessário entrar em contato com o ICMBio e a base é de difícil o, a cerca de seis horas de voadeira desde Guajará-Mirim.
Parque Nacional Serra da Cutia: Avenida dos Seringueiros, nº 1343, Bairro 10 de Abril, Guajará-Mirim-RO / Tel.: (69) 3541-1147.